PREVALÊNCIA DE OTITES EM CIDADE DE CLIMA FRIO

UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA

  • DANIELLY FLAUZINO PEREIRA
  • Rita de Cássia R. P Arruda
Palavras-chave: Otite externa, Otite média, Criança

Resumo

Objetivos: Verificar a prevalência das otites em uma cidade de clima frio; traçar seuperfil epidemiológico; observar as complicações mais comuns; analisar as condutas profiláticase terapêuticas que auxiliam na redução do risco de complicações. Métodos: Análiseretrospectiva, descritiva e observacional, com base na leitura de prontuários eletrônicos depacientes entre 0 a 80 anos que apresentaram a ocorrência de otite e compreendidos entre junhode 2018 a junho de 2020, na cidade de Guarapuava-PR. Para realizar as comparações descritivasos pacientes foram divididos conforme a faixa etária, época do ano da ocorrência, presença decomplicação e terapêutica empregada. O teste de Qui-quadrado foi utilizado na análise decomplicações pelo tipo de tratamento estabelecido, sendo considerados valores estatisticamentesignificantes de p < 0,05. Resultados: Foram analisados 264 prontuários de pacientes, commédia de idade de 10 ± 8 anos, sendo 53,5% do sexo feminino. As crianças apresentaram umaprevalência de 59 a cada 100 casos, sendo as mais acometidas pela infecção. As complicaçõesmais comuns foram a otorréia persistente (14,3%), seguida por perdas auditivas (1,52%) eatraso no desenvolvimento (0,75%). A análise da terapêutica empregada apontou que pacientesem uso de tratamento padrão com amoxicilina têm maiores chances de não evoluírem comcomplicações quando comparados aos pacientes em uso do tratamento não convencional ( p <0,001). Conclusões: As otites são prevalentes na faixa etária pediátrica, frequentemente estandoassociadas às infecções respiratórias e sendo o inverno considerado um fator de risco secundárionas cidades de clima frio. O manejo com amoxicilina, associada ou não ao clavulanato,demonstra ser eficaz e reduz a ocorrência de complicações.
Publicado
2022-10-19
Edição
Seção
Artigos