A automedicação é entendida como a seleção e uso de medicamentos para tratardoenças ou sintomas percebidos pelas pessoas sem a prescrição ou a supervisão deum médico ou dentista. O Brasil assume a quinta posição na listagem mundial deconsumo de medicamentos, estando em primeiro lugar em consumo na AméricaLatina e ocupando o nono lugar no mercado mundial em volume financeiro. Sendo acefaleia uma das queixas mais comuns dos pacientes aos médicos de atençãoprimária, sendo que com relação às dores que levam a automedicação, a maisprevalente é a dor de cabeça. Portanto, o presente trabalho trata-se de um estudodescritivo, transversal que objetivou conhecer o perfil epidemiológico da populaçãoque faz uso de medicamentos de comercialização livre para o tratamento da cefaleiaprimária, e qual a forma de aquisição/indicação de tal medicamento. E identificar se apopulação conhece a forma correta de usar a medicação e seus riscos e benefícios.Foi encontrado uma alta ocorrência da automedicação no grupo feminino, na faixaetária dos 18 aos 35 anos e com nível de formação educacional alto. Sendo osanalgésicos simples como o paracetamol e o dipirona os principais usados naautomedicação, poucos pacientes citaram efeitos colaterais ao uso dessesmedicamentos e poucos conhecem a classe medicamentosa, os riscos e benefíciosdo fármaco usado. Diante disso, é necessário maior conscientização e informaçãosobre os riscos da automedicação e a importância de procurar um profissionalcapacitado para indicar o melhor tratamento para a cefaleia.
