TCC's Medicina

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA AO TRATAMENTO NEOADJUVANTE EM PACIENTES SUBMETIDOS A GASTRECTOMIA POR NEOPLASIA MALIGNA DE ESTÔMAGO EM UM HOSPITAL DA REGIÃO CENTRO SUL DO PARANÁ

2025-05-23T16:43:00+00:00

Introdução: O câncer gástrico corresponde à quinta neoplasia maligna mais prevalente no mundo. Pacientes com doença localmente avançada têm como base o tratamento cirúrgico. No entanto, a quimioterapia neoadjuvante vem sendo cada vez mais associada ao tratamento. O estudo MAGIC demonstrou que pacientes submetidos a quimioterapia pré-operatória apresentaram maior sobrevida quando comparados àqueles submetidos a cirurgia gástrica seguida de tratamento adjuvante. Posteriormente, o estudo FLOT4-AIO constatou uma maior taxa de regressão patológica completa em pacientes submetidos a quimioterapia neoadjuvante com FLOT e, desde então, este esquema tornou-se um dos protocolos de quimioterapia pré-operatória. Objetivo: Avaliar a resposta tumoral de pacientes submetidos a terapia neoadjuvante com FLOT, bem como variáveis que possam ter influenciado nesse desfecho. Materiais e métodos: Este estudo retrospectivo envolveu pacientes com neoplasia gástrica submetidos a quimioterapia neoadjuvante com FLOT, e posterior gastrectomia em um hospital da região Centro Sul do Paraná, durante o período de 2018 a 2022. Para avaliação da regressão histológica foram utilizados os critérios de Becker. Resultado: Foram selecionados 20 pacientes para o estudo, 55% destes tratavam-se de mulheres. A mediana de idade foi de 53 anos. De acordo com a classificação de Lauren, 40% da amostra apresentava padrão difuso. Entre os 20 pacientes, 95% concluíram os quatro ciclos neoadjuvantes de FLOT. No que diz respeito a cirurgia, o tempo médio entre o último ciclo de quimioterapia e o ato cirúrgico foi de aproximadamente 12 semanas, e 25% dos pacientes apresentaram complicações pós-operatórias. Conforme os critérios de Becker, a resposta patológica completa foi observada em 15% dos pacientes. Dentre
os 20 indivíduos, apenas 20% realizaram o esquema completo do FLOT, de oito ciclos. No decorrer no período analisado, 30% dos pacientes apresentaram recidiva e 30% vieram a óbito. Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem que a quimioterapia neoadjuvante com FLOT é uma opção eficaz para o tratamento do câncer gástrico localmente avançado, com taxas de resposta patológica completa semelhante às observadas em outros estudos.

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA POR PICADA DE ARANHA MARROM (Loxosceles) NA REGIÃO SUL (2012-2021)

2025-05-23T16:47:31+00:00

No Brasil, existem muitos casos de picadas por animais peçonhentos, e os acidentes com Loxosceles podem ter maior prevalência em alguns estados do País. As picadas por Aranha Marrom podem evoluir para forma grave. O presente trabalho objetivou analisar o perfil dos acidentes por picada de aranha marrom na região Sul do Brasil. A pesquisa foi realizada, fazendo uso de informações de saúde pública de casos notificados no SINAN entre 2012 e 2021. Na região Sul verificou-se que houve maior número de notificações no mês de Janeiro, com quedas nos meses de Maio a Agosto, apresentando média de 5.387,59 casos
por mês. Conclui-se que o Paraná é o Estado com maior número de casos, tendo o dobro de casos do segundo colocado (Santa Catarina), com predomínio de acidentes no sexo feminino, em faixa etária de 20 a 39 anos.

ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE VESÍCULA BILIAR ESCLEROATRÓFICA SUBMETIDOS À COLECISTECTOMIA NO SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL EM GUARAPUAVA - PARANÁ

2025-05-23T16:52:08+00:00

Introdução: A colelitíase manifesta-se como colecistite aguda, que consiste em inflamação da vesícula biliar devido ao fechamento do infundíbulo por um cálculo impactado, o que promove estase, irritação e processos infecciosos. Tal entidade, quando não tratada cirurgicamente por colecistectomia, torna-se uma doença crônica, ou seja, o processo persiste, com períodos de inflamação e remissão. Essa característica pode promover uma das mais temidas complicações quando se trata de colelitíase, a Vesícula Biliar Escleroatrófica. A evolução para uma vesícula escleroatrófica depende de vários fatores, evidenciando dificuldade diagnóstica e terapêutica, tendo em vista a deformação anatômica causada pela inflamação constante da árvore biliar. A análise do perfil epidemiológico permite que profissionais de saúde identifiquem tendências específicas, como as principais causas e riscos para a presença de vesícula atrófica, facilitando o desenvolvimento de tratamentos e intervenções direcionados. Objetivo: Analisar o perfil clínico-epidemiológico de pacientes diagnosticados com vesícula biliar escleroatrófica que realizaram colecistectomia prévia. Métodos: Estudo observacional, transversal e analítico em pacientes atendidos pelo serviço de Cirurgia Geral do Hospital Instituto Virmond, em Guarapuava – PR. Utilizou-se dados de prontuários eletrônicos do programa SPDATA. A coleta de dados abrangeu registros de janeiro de 2021 a dezembro de 2022 e os critérios de inclusão consideraram pacientes com diagnóstico específico de vesícula biliar escleroatrófica e os critérios de exclusão foi restringido a paciente sem esse diagnóstico, fora do período citado ou com informações ineficientes. Resultados: A presença de vesícula biliar escleroatrófica foi maior em mulheres (59,4%) e a faixa etária que predominou foi entre 40 a 79 anos. As principais comorbidades relacionadas a presença de vesícula escleroatrófica foram dislipidemia, hipertensão arterial, obesidade e diabetes mellitus. Análises revelaram uma associação significativa entre altos valores de IMC e complicações intraoperatórias (p=0,015), tal como entre dislipidemia e complicações intraoperatórias (p=0,02). Entre 24 pacientes com IMC ≥ 25 kg/m², 13 apresentaram complicação durante o ato cirúrgico, enquanto nenhum paciente com IMC ≤ 24,9 kg/m² teve complicação. Em relação a dislipidemia, entre 22 pacientes com a condição, 12 apresentaram algum tipo de complicação intraoperatória, em contrapartida, entre 10 pacientes sem dislipidemia, apenas 1 mostrou complicação na cirurgia. Além dessa associação, houve diferença significativa também correlacionando a presença de diabetes com o uso de antimicrobiano profilático (p=0,05). Conclusão: A existência de vesícula biliar escleroatrófica envolve múltiplos fatores, sendo uma condição complexa com grandes chances de evolução para quadros complicados, como fístulas bileodigestivas e alterações inflamatórias crônicas no sistema biliar, o que ocasiona dificuldade para o cirurgião. O principal fator desencadeante é a demora na realização da colecistectomia atrelado à inflamação constante da via biliar. As associações e as variáveis destacadas por frequência simples demonstraram os riscos que uma cirurgia em portadores dessa condição pode trazer. Estratégias preventivas, educação sobre os fatores de risco, especialmente em relação ao estilo de vida, e um manejo terapêutico precoce é essencial para se evitar a presença de vesícula biliar escleroatrófica.

PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE HANSENÍASE NO ESTADO DO PARANÁ

2025-05-23T17:00:21+00:00

A hanseníase é uma das doenças mais antigas, descrita há mais de 4 mil anos, é ocasionada pela Mycobacterium leprae, é uma doença infecciosa, dermatoneurológica, localizada ou sistêmica. O Brasil ocupa a segunda colocação dos países com o maior número de casos novos de hanseníase, atrás somente da Índia. Diante disso, o presente estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de hanseníase no estado do Paraná. Foi um estudo descritivo de corte transversal dos casos novos de hanseníase em habitantes do Estado do Paraná - Brasil, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2013 a 2022. Foram incluídos todos os casos novos de hanseníase diagnosticados no estado do Paraná e registrados no SINAN, foram categorizados por faixa etária, sexo, raça/cor da pele, escolaridade, classificação operacional, forma clínica e grau de incapacidade física no diagnóstico para melhor visualização dos dados. Foi calculada a taxa média de casos novos de hanseníase por 10 mil habitantes. Utilizouse o teste Quiquadrado, com a significância adotada de p<0,05. Os resultados possibilitaram verificar que a taxa de detecção dessa doença vem caindo na última década, os homens são mais acometidos que as mulheres, a raça branca também é a mais prevalente, e a forma dimorfa é a mais recorrente. É necessário manter e intensificar ações de promoção, prevenção e diagnóstico precoce com boa adesão ao tratamento para as populações acometidas por essa doença visando obter melhores resultados no controle da doença no estado buscando a eliminação da hanseníase.

PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM PESSOAS ATIVAS RELIGIOSAMENTE NAS IGREJAS CATÓLICAS DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA-PR

2025-05-23T17:04:26+00:00

Objetivos: esta investigação tem como objetivo avaliar a prevalência de depressão em indivíduos que são ativos religiosamente nas igrejas católicas do município de Guarapuava-PR. Material e Métodos: estudo transversal quantitativo analítico, realizado em Guarapuava - Paraná, entre os meses de agosto a outubro de 2023. Amostra de 389 participantes sectários das igrejas católicas de Guarapuava-PR que responderam 3 questionários impressos de forma presencial. Os dados foram tabulados através do software Microsoft Excel e seguidos de descrição de frequências absolutas e relativas. Foi aplicado o teste Qui-Quadrado de Pearson com significância estatística 0,05 e Odds Ratio, além de outras medidas inferenciais, utilizandose regressão logística multinominal e função de ligação logit. Os gráficos e análises estatísticas foram realizadas com a utilização do software Jamovi. Resultados: a proximidade com a igreja é fator protetor contra depressão, sendo assim gerou-se o resultado de que há baixa prevalência de depressão naqueles indivíduos ativos nas igrejas católicas em Guarapuava-PR. Quando se comparou homens e mulheres descobriu-se que as mulheres tem mais chance de desenvolver quadros depressivos que homens. Em relação à idade indivíduos que têm menos de 30 anos apresentaram maior prevalência de quadros depressivos. Descobriu-se ainda que independente da paróquia a qual o sujeito pertence as chances de desenvolver um quadro depressivo são iguais. Em relação a pandemia do COVID19, indivíduos que se afastaram de Deus neste período apresentam-se com maior probabilidade de gerarem quadros depressivos, o mesmo aconteceu com aqueles que praticaram o isolamento social. Conclusões: a depressão, mesmo seguindo estigmatizada e com um grande tabu em volta de si, deve ser combatida. Gerou-se o resultado de que a proximidade religiosa se apresenta como grande fator protetor e deve ser levada em conta. Este estudo aponta a necessidade de maior divulgação a respeito deste fato, para que o tabu seja combatido e mais pessoas sejam protegidas e/ou salvas da depressão.

CONTRAINDICAÇÕES CLÍNICAS NA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

2025-05-23T17:08:45+00:00

O Brasil ocupa a segunda posição mundial em número de transplantes de órgãos e tecidos. Também apresenta-se como referência no atendimento pelo sistema gratuito. Neste cenário positivo, o Paraná é um dos estados que registra maior taxa de doação e transplante. Contudo, a quantidade ainda é insuficiente para atender à fila de espera. Nota-se, neste aspecto, que a contraindicação clínica foi o principal fator para a não efetivação da doação. Portanto, esta pesquisa teve como finalidade conhecer quais foram as principais contraindicações clínicas que afetaram a captação no pós pandemia, no Paraná, em 2022. O estudo é observacional transversal quantitativo. O objetivo da pesquisa foi descritivo e analítico da prevalência das contraindicações com grupos agregados. Para tanto, foram analisados 327 doadores inelegíveis com predominância do sexo masculino, maior de 50 anos e tipo sanguíneo O. A principal causa de Morte Encefálica foi o Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico. Em relação à contraindicação, foi a sepse. São necessárias novas ações para diminuir o número de contraindicações e, assim, aumentar a efetividade nas doações contribuindo para a redução na fila de transplante.