TCC's de Medicina

o uso de métodos de contracepção hormonal em atletas femininas de alto rendimento da natação brasileira

ANA CARLA CARVALHO — 2024-05-21

As mulheres podem experimentar mudanças cognitivas, emocionais e físicas durante
o ciclo menstrual, o que pode impactar seu desempenho físico e esportivo. O presente
estudo teve como objetivo investigar se atletas femininas brasileiras da categoria
sênior de natação, federadas na Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos
(CBDA), fazem uso de contraceptivos hormonais (CHs), seus impactos na saúde, no
desempenho esportivo e no bem-estar geral dessas esportistas. Trata-se de um
estudo descritivo observacional do tipo transversal, realizado por meio de um
questionário online, com a base na plataforma Google formulários®, enviado via
WhatsApp® e e-mail às participantes. Participaram do estudo, um total de 136 atletas
da categoria sênior. Os critérios de inclusão foram: atletas femininas da categoria
sênior que utilizam métodos contraceptivos hormonais. Excluíram-se da pesquisa
atletas que não pertenciam à categoria sênior e/ou que não utilizassem métodos
contraceptivos hormonais. Os resultados apontam que o contraceptivo mais usado
entre as atletas de natação de alto rendimento é a pílula, e que elas fazem uso desse
medicamento para controlar o ciclo menstrual, principalmente o sangramento durante
treinamentos e competições e os sintomas da Síndrome Pré-Menstrual (SPM).

Conclui-se que o uso do anticonceptivo hormonal apresenta benefícios relacionados
a carreira profissional da atleta. Além de melhorar seu rendimento nos treinos,
também auxilia no alívio dos sintomas menstruais e controle do ciclo e fluxo menstrual.

Análise da polifarmácia e das interações medicamentosas por pacientes com Doença de Alzheimer de uma associação em Guarapuava-PR

AMANDA RAFAELA MIERZVA ABREU — 2024-05-21

As doenças crônicas e neurodegenerativas apresentam um papel importante
na sociedade atual, e dentre as doenças neurodegenerativas a Doença de Alzheimer (DA)
é a mais comum, atribuindo a isso, e ao uso indiscriminado da terapia farmacológica. O
objetivo do presente trabalho foi destacar a importância do acompanhamento
farmacoterapêutico do idoso com DA enfatizando as principais doenças crônicas, as
principais classes de medicamentos, suas interações medicamentosas, sugerindo um
assessoramento do idoso nesse contexto. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo,
descritivo e analítico, realizado pela análise de prontuários físicos. Foram analisadas as
prescrições de 41 idosos, 13 encontravam-se em CDR2 e 14 CDR3. A média de 5,048 foi
o número de classes utilizadas, sendo os inibidores da bomba de prótons 31 (76%), os
inibidores dos canais de cálcio 28 (68%), e os inibidores da acetilcolinesterase 25 (61%)
as classes mais utilizadas. Pacientes com HAS e DM fazem um uso maior de
polifarmácia, sendo o valor de p<0,001 significativo para essas doenças. Do total de
prontuários analisados, 33 (80,48%) interações medicamentosas. As interações mais
prevalentes foram entre antidepressivos 25 (75,75%), antipsicóticos 22 (66,66%). O
presente estudo demonstrou que o elevado número de fármacos prescritos, e as
combinações farmacológicas podem representar potenciais nocivos aos pacientes.

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA POR PICADA DE ARANHA MARROM (Loxosceles) NA REGIÃO SUL (2012-2021)

CAROLINE VICTÓRIA QUADROS DE AZEVEDO — 2024-05-21

No Brasil, existem muitos casos de picadas por animais peçonhentos, e os acidentes com
Loxosceles podem ter maior prevalência em alguns estados do País. As picadas por Aranha
Marrom podem evoluir para forma grave. O presente trabalho objetivou analisar o perfil dos
acidentes por picada de aranha marrom na região Sul do Brasil. A pesquisa foi realizada,
fazendo uso de informações de saúde pública de casos notificados no SINAN entre 2012 e
2021. Na região Sul verificou-se que houve maior número de notificações no mês de
Janeiro, com quedas nos meses de Maio a Agosto, apresentando média de 5.387,59 casos
por mês. Conclui-se que o Paraná é o Estado com maior número de casos, tendo o dobro de
casos do segundo colocado (Santa Catarina), com predomínio de acidentes no sexo
feminino, em faixa etária de 20 a 39 anos.

ANÁLISE OBSERVACIONAL DA IMPORTÂNCIA E DISPONIBILIDADE DA DISCIPLINA DE LIBRAS NOS CURSOS DE MEDICINA DA REGIÃO SUL DO BRASIL

ARTHUR ANGELO DE SOUZA MASUTTI — 2024-05-21

Discute-se muito sobre acessibilidade, inclusão e humanização em todas as áreas
do conhecimento, mas nas ciências da saúde e na Medicina em especial esses
conceitos são fundamentais. Seguindo essa ideia, o objetivo do trabalho é analisar a
disponibilidade da disciplina de Libras nos cursos de Medicina da Região Sul do
Brasil, bem como demonstrar a importância desse conhecimento no curso e na
prática médica. Para atingir esses objetivos, realizou-se um estudo observacional
transversal, online, utilizando dados públicos de instituições de ensino superior
(matrizes curriculares), informações sobre a legislação vigente e textos científicos. O
cálculo amostral sugeriu a necessidade da análise de 53 faculdades para
significância e o estudo atingiu e superou essa meta. Após a coleta de dados,
realizou-se análise dos mesmos e procedimentos estatísticos, conforme critérios que
serão expostos. Dos resultados obtidos, analisou-se a região como um todo e,
também, cada estado separadamente. Observou-se que a forma mais frequente de
disponibilidade da disciplina de Libras na Região Sul foi ser optativa, sendo que nos
cursos públicos a forma mais frequente foi ser optativa enquanto nos cursos
particulares a forma mais frequente foi a não oferta da disciplina. Com relação à
legislação, essa estabelece que a disciplina seja opcional no curso de Medicina.
Sobre a importância da Libras, além da magnitude já esperada, diversas referências
reforçaram seu valor e relevância. Entre os estados analisados, o Paraná foi o que
teve maior oferta da matéria no curso. Mas o dado que, infelizmente, chamou mais a
atenção foi que várias instituições não oferecem a disciplina em questão e também a
ausência de estudos semelhantes em quase todo o território nacional. Acredita-se
serem necessários novos estudos, maior atenção e investimento nessa temática,
bem como percebe-se que ainda existe muito a se fazer para atingir os objetivos de
acessibilidade, humanização e inclusão tão esperados das ciências da saúde.
Considera-se que os objetivos estabelecidos foram alcançados, bem como as
hipóteses propostas foram analisadas.

ANÁLISE DE ÓBITOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM JOVENS, ADULTOS E IDOSOS RELACIONADO AO CUSTO GERADO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA REGIÃO SUL DO BRASIL.

AMANDA HAAG — 2024-05-21

As doenças cardiovasculares são a maior causa de óbitos no Brasil, além de serem a
terceira causa no número de internações no país. Nessa pesquisa foram analisados
dados de óbitos por infarto agudo do miocárdio (IAM) entre jovens, adultos e idosos
relacionados aos custos na região Sul do Brasil nos anos de 2011 a 2020 a partir do
DATASUS. Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo, quantitativo no
qual foi visto que idosos têm o maior índice de acometimento e o maior custo.
Entretanto, uma vez que os jovens têm maior risco de reincidência, podem gerar um
custo maior para o Sistema Único de Saúde a longo prazo. O Paraná foi o estado que
mostrou maior taxa de mortalidade por internação, enquanto o Rio Grande do Sul teve
um índice moderado e Santa Catarina mostrou-se com maior capacidade tanto em
internação quanto óbitos, além de ser o estado que mais investe em saúde nesta
região. Concluiu-se que o estado catarinense teve o melhor desempenho entre os três
estados, assim ressalta-se a necessidade de maior investimento na saúde pública e
distribuição mais igualitária dos hospitais nos estados.

Resposta ao uso de lactase em pacientes com intolerância à lactose

Celso Nilo Didoné Filho — 2024-05-21

Intolerância à Lactose é o nome que se dá ao aparecimento de sintomas abdominais após a
ingestão de leite e derivados. Pessoas com essa condição apresentam uma menor capacidade de hidrolisar
a lactose, carboidrato presente nesses alimentos. A sintomatologia típica cursa com dor abdominal,
flatulência e diarreia, cerca de 30 minutos a 2 horas após o consumo destes alimentos. Após o
diagnóstico, o paciente pode retirar a lactose total ou parcialmente da dieta, além de optar pela
suplementação com a enzima lactase em comprimidos. Nesse estudo objetivamos conhecer a taxa de
melhora da sintomatologia abdominal com a suplementação com a enzima lactase, para que esses
pacientes não precisem retirar lácteos de suas dietas. Métodos: Análise de um questionário virtual pré
estruturado para verificar a taxa de melhora da sintomatologia da intolerância à lactose, e sua relação com
a quantidade de comprimidos utilizados. Resultados: Participaram do estudo 242 pacientes, sendo que a
maioria foi composta por mulheres (59,5%). Além disso, 94,2% dos pacientes relataram melhora total ou
parcial da sintomatologia com a utilização da lactase. O sintoma mais frequente foi a flatulência,
entretanto, este não teve relação significativa com a quantidade de lactase ingerida. A diarreia, por outro
lado, mostrou que necessita de mais comprimidos para melhorar significativamente. Conclusão: a
maioria dos pacientes apresenta melhora com o uso da enzima antes de refeições que contenham leite
(94,2%) e a diarreia é o melhor sintoma para quantificar os comprimidos de lactase que cada paciente
deve utilizar.

TESTE MOCA PARA USO EM PROGRAMAS DE TRIAGEM DE DEMÊNCIA EM UMA UNIDADE DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE GUARAPUAVA

EDUARDO MUZZOLON — 2024-05-21

Introdução: A demência é um declínio importante de duas ou mais funções cognitivas e atinge
2,61% da população brasileira anualmente. Entre os testes de triagem, figura o Montreal
Cognitive Assessment (MoCa), que tem se apresentado promissor para detecção de
demência. Essa pesquisa, visa analisar o uso do teste MoCA em uma população de uma
Unidade Básica de Saúde no Paraná, de forma a utilizar como triagem na rede de saúde.
Métodos: Essa foi uma pesquisa observacional transversal, dividida em duas fases: a coleta
de dados do Mutirão de Demência e Fragilidade, que aplicou o teste Clinical Dementia Rating
(CDR) na população; Na segunda fase, os pesquisadores recrutaram pacientes da mesma
unidade e aplicaram o teste MoCA para comparação com o CDR aplicado na fase 1 e com
dados sociodemográficos. Resultados e discussão: 30 pacientes foram incluídos na fase 1 e
48 na fase 2. O resultado do teste MoCA da fase 2 foi significativamente diferente do teste
CDR da fase 1 (p<0,001). Isso sugere que para essa amostra o MoCA diverge da positividade
esperada. O MoCA também apresentou diferença relevante quanto a escolaridade (p=0,020)
e renda (p=0,020). Infere-se que a baixa escolaridade e vulnerabilidade social da população
adscrita interferiram no resultado obtido com o MoCA. Desta forma, sugere que essa
população apresenta um importante déficit de interpretação das questões, que pode se
relacionar mais à sua vulnerabilidade social que à demência propriamente dita, revelando um
possível viés no teste MoCA para populações carentes

PERFIL DOS PARTICIPANTES E A TAXA DE EFICÁCIA DO PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO NA CIDADE DE TIBAGI-PR

ELISA DE ALMEIDA RAVARENA — 2024-05-21

Com a criação do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) e sua
implementação no Sistema Único de Saúde (SUS) principalmente na atenção básica,
houve uma mudança na abordagem, orientações e tratamento do paciente tabagista.
Com a realização de algumas reuniões individuais ou em forma de grupo de apoio,
orientações pela equipe de saúde e com o uso de alguns medicamentos oferecidos
gratuitamente, diversos pacientes conseguiram abandonar o vício, porém, tal feito não
é uma tarefa fácil de se conseguir, pois diversos fatores familiares, psicológicos,
culturais e sociais podem interferir no processo de cessação do tabagismo. Trata-se
de uma pesquisa quantitativa, transversal, observacional e também descritiva,
composta por uma análise dos prontuários existentes no arquivo do PNCT na cidade
de Tibagi-PR e pela aplicação de um questionário elaborado com o intuito de
compreender o perfil dos pacientes que passaram pelo programa, e se os mesmos
conseguiram alcançar o abandono do cigarro.

PREVALÊNCIA DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E PERCEPÇÃO MATERNA SOBRE O TEMA EM GUARAPUAVA

VITOR PÉRCIO QUINÁIA — 2024-05-21

O termo Violência (VO) obstétrica é normalmente utilizado para descrever
abusos sofridos por mulheres ao utilizarem os serviços de saúde durante a gestação,
parto e puerpério. Os abusos podem ocorrer devido à violência psicológica e\ou física,
gerando traumas para a mulher e\ou bebê. Há poucos trabalhos na literatura que
relatam dados estatísticos sobre as consequências de violência contra a mulher. Com
isso, neste estudo, foi conduzida uma revisão atualizada da literatura, acerca do tema
de VO e uma análise da prevalência da violência obstétrica das parturientes em
estado de susceptibilidade à VO na cidade de Guarapuava, Paraná, durante o período
compreendido entre os meses de julho e agosto de 2023. Os achados indicaram que
9,7% das 82 entrevistadas já sofreram VO, além disso, 7,3 % afirmaram não ter
certeza se foram vítimas deste problema. Em relação ao conhecimento prévio das
puérperas sobre o assunto da violência obstétrica, a maioria delas (63,4%) afirmou
que já tinha conhecimento do significado do termo VO antes mesmo de serem
questionadas sobre isso. Quanto as características relacionadas à assistência ao
parto, a maior parte das puérperas foram submetidas à cesariana com uma taxa de
58,5%, enquanto que, das mulheres que tiveram o parto natural, 7,3% receberam a
manobra de Kristeller e 3,6% passaram por episiotomia. O predomínio dos partos
ocorreu no Sistema Único de Saúde (63,4%). Esses índices refletem o
desconhecimento e subestimação do problema, indicando que iniciativas de
mobilização social como essa podem contribuir para ampliar o conhecimento e a
divulgação sobre o problema.

ANÁLISE DOS NÍVEIS PRESSÓRICOS COM SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO RESIDENCIAL DA PRESSÃO ARTERIAL EM PACIENTES PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DO CENTRO-SUL DO PARANÁ

FERNANDO JOSÉ MARTINS — 2024-05-21

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) está entre as doenças
cardiovasculares de maior prevalência, exigindo medidas de controle de baixo custo
e eficazes que se adequem à realidade brasileira, como o Monitoramento
Residencial de Pressão Arterial (MRPA). Há uma escassez de trabalhos que
relacionem dificuldade no uso do MRPA com escolaridade, assim como, esta, junto
a terapias não farmacológicas, com piores níveis de pressão arterial.
Métodos
Trata-se de um estudo transversal realizado em uma Unidade Básica de
Saúde (UBS) na cidade de Guarapuava-PR com 50 pacientes, em que os critérios
de inclusão foram possuir o aparelho de pressão digital automático, ser maior de 18
anos e aceitar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A coleta de dados foi
feita por questionários em consultas médicas e preenchimento da tabela do MRPA
por 5 dias.
Resultados
Foram analisados questionários e tabela do MRPA de 50 pacientes homens e
mulheres com idade média de 61,7 anos, em que a idade mínima foi 30,0 anos e a
máxima foi 84,0 anos. Os resultados demonstraram que a escolaridade e o
tabagismo são fatores que influenciam no estágio da hipertensão. Ainda, a grande
maioria dos pacientes que relataram dificuldade no uso do MRPA estavam
classificados em analfabetos ou ensino fundamental incompleto.
Conclusão
A dificuldade no uso do MRPA não demonstrou relevância estatística com a
escolaridade, porém, a mesma, junto ao tabagismo, revelou importante fator para
maiores níveis de pressão arterial.

ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE VESÍCULA BILIAR ESCLEROATRÓFICA SUBMETIDOS À COLECISTECTOMIA NO SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL EM GUARAPUAVA - PARANÁ

ÉRICKY BARBOSA DOS SANTOS — 2024-05-21

Introdução: A colelitíase manifesta-se como colecistite aguda, que consiste em inflamação
da vesícula biliar devido ao fechamento do infundíbulo por um cálculo impactado, o que
promove estase, irritação e processos infecciosos. Tal entidade, quando não tratada
cirurgicamente por colecistectomia, torna-se uma doença crônica, ou seja, o processo
persiste, com períodos de inflamação e remissão. Essa característica pode promover uma
das mais temidas complicações quando se trata de colelitíase, a Vesícula Biliar
Escleroatrófica. A evolução para uma vesícula escleroatrófica depende de vários fatores,
evidenciando dificuldade diagnóstica e terapêutica, tendo em vista a deformação anatômica
causada pela inflamação constante da árvore biliar. A análise do perfil epidemiológico
permite que profissionais de saúde identifiquem tendências específicas, como as principais
causas e riscos para a presença de vesícula atrófica, facilitando o desenvolvimento de
tratamentos e intervenções direcionados.
Objetivo: Analisar o perfil clínico-epidemiológico de pacientes diagnosticados com
vesícula biliar escleroatrófica que realizaram colecistectomia prévia.
Métodos: Estudo observacional, transversal e analítico em pacientes atendidos pelo
serviço de Cirurgia Geral do Hospital Instituto Virmond, em Guarapuava – PR. Utilizou-se
dados de prontuários eletrônicos do programa SPDATA. A coleta de dados abrangeu
registros de janeiro de 2021 a dezembro de 2022 e os critérios de inclusão consideraram
pacientes com diagnóstico específico de vesícula biliar escleroatrófica e os critérios de
exclusão foi restringido a paciente sem esse diagnóstico, fora do período citado ou com
informações ineficientes.
Resultados: A presença de vesícula biliar escleroatrófica foi maior em mulheres (59,4%)
e a faixa etária que predominou foi entre 40 a 79 anos. As principais comorbidades
relacionadas a presença de vesícula escleroatrófica foram dislipidemia, hipertensão
arterial, obesidade e diabetes mellitus. Análises revelaram uma associação significativa
entre altos valores de IMC e complicações intraoperatórias (p=0,015), tal como entre
dislipidemia e complicações intraoperatórias (p=0,02). Entre 24 pacientes com IMC ≥ 25
kg/m², 13 apresentaram complicação durante o ato cirúrgico, enquanto nenhum paciente
com IMC ≤ 24,9 kg/m² teve complicação. Em relação a dislipidemia, entre 22 pacientes
com a condição, 12 apresentaram algum tipo de complicação intraoperatória, em
contrapartida, entre 10 pacientes sem dislipidemia, apenas 1 mostrou complicação na
8
cirurgia. Além dessa associação, houve diferença significativa também correlacionando a
presença de diabetes com o uso de antimicrobiano profilático (p=0,05).
Conclusão: A existência de vesícula biliar escleroatrófica envolve múltiplos fatores,
sendo uma condição complexa com grandes chances de evolução para quadros
complicados, como fístulas bileodigestivas e alterações inflamatórias crônicas no sistema
biliar, o que ocasiona dificuldade para o cirurgião. O principal fator desencadeante é a
demora na realização da colecistectomia atrelado à inflamação constante da via biliar. As
associações e as variáveis destacadas por frequência simples demonstraram os riscos
que uma cirurgia em portadores dessa condição pode trazer. Estratégias preventivas,
educação sobre os fatores de risco, especialmente em relação ao estilo de vida, e um
manejo terapêutico precoce é essencial para se evitar a presença de vesícula biliar
escleroatrófica.

PREVALÊNCIA DE DOENÇA CRÍTICA CRÔNICA E ÓBITO EM PACIENTE TRAUMATIZADOS INTERNADOS EM TERAPIA INTENSIVA

FELIPE ANDRADE DA FONSECA — 2024-05-21

resumo

ANÁLISE DOCUMENTAL DAS PUBLICAÇÕES DE UM CURSO DE MEDICINA DAS SEMANAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

GIOVANA CAROLYNE COOPER — 2024-05-21

Tendo em vista a educação em saúde, um dos elementos que compõem a formação médica
é a produção científica e ainda com vistas a preencher os requisitos do programa pedagógico as
instituições de ensino superior promovem as semanas científicas, pois estimulam essa prática. O
presente estudo aborda a Análise Documental das publicações do primeiro curso de Medicina de
uma cidade da região centro sul do Paraná, através da revisão dos cadernos de resumos do
período compreendido entre 2018 e 2022. O principal objetivo foi analisar a prevalência das
publicações cientificas dos estudantes de medicina conforme a categorização: revisão
bibliográfica, resumo expandido, relatos de casos e painéis das semanas de iniciação cientifica dos
anos de 2018 a 2022. E como objetivo secundário: analisar a prevalência dos temas, áreas
abordadas e as características dos estudantes, sexo.

ANÁLISE DA ATIVIDADE FÍSICA PRATICADA PELOS PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS CORONÁRIAS EM GUARAPUAVA-PR

ENZO LOPES RIBEIRO — 2024-05-21

Objetivos: Esta pesquisa tem como objetivo investigar se os pacientes portadores de coronariopatias em
Guarapuava-PR são ativos fisicamente, identificar quais tipos de atividade física são praticadas por eles, e
avaliar se existe relação entre o nível de atividade física realizado com a qualidade da saúde dos indivíduos.
Métodos: O desenho de estudo se caracterizou como observacional, analítico, transversal e descritivo. A coleta
de dados ocorreu pela aplicação presencial de um questionário, que contabilizou 30 respostas, realizado no
AME-CIS 5ª Regional de Saúde em Guarapuava - PR, entre agosto e outubro de 2023. Os critérios de inclusão
abrangeram pacientes portadores de doenças coronarianas que são aptos para realizar atividade física. Os dados
obtidos pelo questionário foram tabulados por meio do Windows Excel e analisados pelo IBM SPSS Statistics,
e os resultados foram expostos por meio de texto, figuras, gráficos utilizando o programa de texto Windows
Word.
Resultados: Foi possível avaliar a prevalência de indivíduos ativos ou muito ativos fisicamente (40%),
enquanto 16,6% foram classificados como sedentários. Entre os participantes 53,3% praticam apenas
atividades não estruturadas, 6,6% apenas estruturadas, 23,3% os dois tipos de atividade e 16,6% nenhum tipo.
A relação entre nível de atividade e qualidade da saúde por meio da Correlação de Pearson mostrou um valor
de p<0,001, comprovando significância.
Conclusões: Observou-se que de fato a prevalência de indivíduos ativos é baixa, e que a quantidade praticada
está diretamente relacionada com a qualidade da saúde, portanto medidas poderiam ser adotadas a fim de
aumentar essa prática.

IMPLANTAÇÃO DE GUIDELINE PARA ABORDAGEM DE EPISTAXE EM UNIDADES DE EMERGÊNCIA DE GUARAPUAVA:

HENRIQUE HIRT KRUGER — 2024-05-21

A epistaxe é a emergência otorrinolaringológica mais prevalente nas unidades de
saúde. Sabe-se que o sangramento nasal afeta a população de maneira bimodal, com
mais sangramentos nas crianças e idosos, especialmente nos indivíduos em uso de
anticoagulantes, medicações antiplaquetárias e com doenças cardiovasculares,
dentre as quais a hipertensão é a mais prevalente. Este trabalho trata-se de um estudo
observacional, transversal, com abordagem qualitativa, aplicado no município de
Guarapuava e consiste na elaboração e sugestão de um guideline ou protocolo para
a abordagem dos pacientes com epistaxe nas unidades de urgência do município em
questão. O objetivo foi analisar a necessidade de aplicação de um protocolo de
conduta para abordagem de pacientes com epistaxe nas unidades de emergência. Os
resultados indicaram a necessidade da implantação de um guia de procedimentos.

ANÁLISE DA TRIAGEM DE TUBERCULOSE NAS CASAS ACOLHEDORAS DE GUARAPUAVA

HASSAF BARROS TEIXEIRA — 2024-05-21

Objetivo: Conhecer e analisar as medidas de prevenção à TB, protocolos de rastreio
utilizados nas casas acolhedoras; propor um novo documento de triagem de
populações em situação de vulnerabilidade à TB para o acolhimento.
Métodos: O estudo envolve duas abordagens: uma transversal, observacional,
retrospectiva e analítica a partir da análise dos dados das casas acolhedoras obtidos
pelas respostas do questionário, como perfil dos acolhidos e profissionais da saúde; e
outra descritiva básica estratégica através da construção de um protocolo de triagem
baseado nas recomendações vigentes a ser utilizado pelas casas acolhedoras.
Resultados: Foram selecionadas duas casas acolhedoras do município e analisadas
suas formas de controle para sintomas respiratórios. Como destaque dos resultados,
apenas uma casa acolhedora para moradores de rua está em funcionamento e essa
não utiliza nenhum tipo de triagem, enquanto a outra, para dependentes químicos,
usufrui de um protocolo condizente com as recomendações. Em relação a segunda
abordagem do estudo, analisou-se dois documentos atualizados do Ministério da
Saúde e da Secretaria da Saúde do Governo do Paraná e construiu-se um protocolo de
triagem para tuberculose a ser utilizado pelo Albergue Frederico Ozanam e outras
casas acolhedoras de Guarapuava-PR.
Conclusão: De uma maneira geral, o presente trabalho foi capaz de evidenciar a
necessidade de um protocolo de triagem direcionado para doenças respiratórias, para
que dessa forma seja possível ter um melhor controle e consequentemente um banco
de dados para as respectivas enfermidades respiratórias.

A PREVALÊNCIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM PACIENTES SUBMETIDOS À CINEANGIOCORONARIOGRAFIA NO ANO DE 2019 NA REGIÃO DE GUARAPUAVA – PR

ISABELA DOLENS LEAL — 2024-05-21

Fundamento: Cineangiocoronariografia é o exame padrão-ouro para
diagnóstico de doença arterial coronariana (DAC), sendo a hipertensão arterial
sistêmica (HAS) o principal e mais prevalente fator de risco.
Objetivo: Avaliar a prevalência entre cineangiocoronariografia e HAS em
pacientes submetidos ao exame de cineangiocoronariografia no Hospital São Vicente
de Paulo em Guarapuava – PR.
Métodos: Estudo transversal e observacional, analisou 1443 laudos (0 a 100
anos de ambos os sexos) de janeiro a dezembro de 2019 no Centro Cardio Vascular
de Guarapuava – Hemodinâmica inserida no Hospital São Vicente de Paulo. Foram
excluídos do estudo laudos que não continham informação sobre a HAS ou que não
finalizaram o exame. A análise estatística foi realizada através do programa SPSS
utilizando o teste Qui-quadrado, realizando a regressão logística para se obter o Odds
Ratio. Valores de p<0,05 apresentam significância.
Resultado: O estudo mostrou que 621 (52%) eram homens e 565 (48%) eram
mulheres com idade média de 62,9 anos. Desses, 985 (83%) portavam HAS e 201
(17%) não, 309 (26%) portavam diabetes mellitus (DM) e 864 (74%) não, 994 (84%)
realizaram a cineangiocoronariografia e 300 (25%) realizaram angioplastia. Odds
Ratio com intervalo de confiança de 95% para todos os testes.
Conclusão: Obteve-se um predomínio de pacientes do sexo masculino e idade
superior a 60 anos. Dentre as comorbidades estudadas a HAS esteve presente em
87% dos pacientes submetidos à cineangiocoronariografia, caracterizando-se como
fator prevalente no exame.

Implantação da lei contra violência obstetrícia:

Ketully Nayara Bortolozzo — 2024-05-21

Objetivo: O objetivo geral desta pesquisa é demonstrar quantitativamente a
realização de cesarianas antes e depois da criação da lei número 20.127/2020 em
município da região centro-sul do estado do Paraná.
Métodos: Esta pesquisa tem caráter de natureza quantitativa com perspectiva
descritiva. Foi utilizada como técnica de coleta a pesquisa documental e a pesquisa
bibliográfica, com perspectiva longitudinal e corte transversal. A tabulação e análise
estatística descritiva para análise dos dados foi realizada através do programa
Microsoft Excel®.
Resultados: A pesquisa evidenciou dados importantes que revelam como o SUS
tem impacto significativo sobre os procedimentos dos hospitais, pois grande parte
dos atendimentos nos anos de 2019 e 2020 foram realizados por ele. Entende-se
também que a mudança na lei pode ter impactado na decisão pelo procedimento em
11% das mulheres que o fizeram.
Conclusão: A pesquisa revelou que a execução de cesáreas pelo SUS está além
do indicado pela OMS e pela FEBRASGO. Os dados demonstraram um aumento de
11% na execução de cesárias de 2020 em relação a 2019, podendo indicar possível
impacto da mudança da lei sobre a decisão pelo procedimento de cesárea.

TAXA DE COBERTURA VACINAL INFANTIL BRASILEIRA DE 2013 A 2022

MARCOS ANTONIO ANTUNES DA SILVA — 2024-05-21

SILVA, Marcos Antonio Antunes Da, DIAS JUNIOR, João. TAXA DE COBERTURA
VACINAL INFANTIL BRASILEIRA DE 2013 A 2022. Monografia, Centro Universitário
Campo Real, Guarapuava, 2023.
A vacinação faz parte do primeiro nível de atenção à saúde, o Programa Nacional de
Imunizações possui um calendário específico por faixa etária, sendo o primeiro grupo
constituído pela pediatria, até 4 anos de idade, há metas de cobertura vacinal para
cada imunobiológico, algumas vacinas atingem a meta, porém com a ocorrência da
pandemia da COVID-19, essa cobertura vacinal foi afetada, portanto, o presente
trabalho trata-se de um estudo descritivo temporal da taxa de cobertura vacinal infantil
no Brasil nos anos de 2013 a 2022. Os dados foram coletados do Sistema de
Informação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Buscou
analisar a cobertura vacinal brasileira nesse período, a fim de se verificar o impacto
da pandemia sobre a vacinação infantil, além de outros fatores que afetam a baixa
adesão a vacinação nessa população. Como resultados obteve-se uma queda das
coberturas vacinais nos anos da pandemia por COVID-19, 2020, 2021 e 2022, mas, a
maioria das vacinas analisadas já não atendiam a meta antes desses anos, portanto,
é necessário realizar ações para levar a população a realizar as vacinas em dia, além
de identificar os fatores interferentes na vacinação, como o acesso as unidades de
saúde, o desconhecimento do calendário de vacinação, as fake News sobre vacinas,
ações do movimento anti-vacina, além da possível manutenção insuficiente do
Sistema de informações do PNI e a falta de tempo dos responsáveis para levar a
criança até um posto de saúde.

PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE HANSENÍASE NO ESTADO DO PARANÁ

LINCOLN BRUNO OLIVEIRA LEITE — 2024-05-21

LEITE, Lincoln Bruno Oliveira, DIAS JUNIOR, João. PERFIL CLÍNICOEPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE HANSENÍASE NO ESTADO
DO PARANÁ. 2023. Monografia, Centro Universitário Campo Real, Guarapuava,
2023.
A hanseníase é uma das doenças mais antigas, descrita há mais de 4 mil anos, é
ocasionada pela Mycobacterium leprae, é uma doença infecciosa, dermatoneurológica, localizada ou sistêmica. O Brasil ocupa a segunda colocação dos países
com o maior número de casos novos de hanseníase, atrás somente da Índia. Diante
disso, o presente estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico dos pacientes
portadores de hanseníase no estado do Paraná. Foi um estudo descritivo de corte
transversal dos casos novos de hanseníase em habitantes do Estado do Paraná -
Brasil, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período
de 2013 a 2022. Foram incluídos todos os casos novos de hanseníase diagnosticados
no estado do Paraná e registrados no SINAN, foram categorizados por faixa etária,
sexo, raça/cor da pele, escolaridade, classificação operacional, forma clínica e grau
de incapacidade física no diagnóstico para melhor visualização dos dados. Foi
calculada a taxa média de casos novos de hanseníase por 10 mil habitantes. Utilizouse o teste Quiquadrado, com a significância adotada de p<0,05. Os resultados
possibilitaram verificar que a taxa de detecção dessa doença vem caindo na última
década, os homens são mais acometidos que as mulheres, a raça branca também é
a mais prevalente, e a forma dimorfa é a mais recorrente. É necessário manter e
intensificar ações de promoção, prevenção e diagnóstico precoce com boa adesão ao
tratamento para as populações acometidas por essa doença visando obter melhores
resultados no controle da doença no estado buscando a eliminação da hanseníase.

PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DO SUS DE GUARAPUAVA-PR QUE ATUARAM NA LINHA DE FRENTE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

PEDRO HENRIQUE NAVARRO XAVIER — 2024-05-21

Por meio de um estudo observacional, analítico e transversal por meio de uma
pesquisa de campo, na qual, os entrevistados, responderam um questionário
autoaplicável presencialmente, que continha perguntas de caráter sociodemográficas
e a escala Maslach Burnout Inventory – para Pesquisa em Serviços de Saúde
(Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey - MBI HSS). Sendo assim, foi
encontrado uma prevalência de 48,48% da Síndrome de Burnout nos profissionais
que atuam na linha de frente da cidade de Guarapuava-PR após a pandemia da
COVID-19, maior em mulheres (66,66%), baixa relação com profissionais recémformados (21,21%) e baixas relações com o abuso de substâncias (33,3%).
Entretanto, há necessidade de estudos mais robustos para resultados mais
representativos, mesmo que os presentes dados tenham tido alinhamento com as
demais literaturas pesquisadas e citadas.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DE PACIENTES COM CIRROSE ATENDIDOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE GUARAPUAVA – PR.

LUÍS FELIPE LUKAVY — 2024-05-21

A cirrose hepática é uma condição caracterizada pela formação de
fibrose e nódulos no fígado, decorrente de lesão crônica no órgão. É classificada em
compensada ou descompensada, baseada na presença de sintomas como ascite,
varizes no trato gastroesofágico, icterícia e encefalopatia hepática. A progressiva
fibrose inibe a função das células principais, incluindo hepatócitos e células estreladas
hepáticas, resultando em tecido cicatricial e potencial falência hepática. A cirrose
hepática pode ser desencadeada por uma variedade de condições, como hepatites
virais B, C e D, exposição a toxinas como álcool e drogas, hepatite autoimune,
distúrbios colestáticos como colangite biliar primária e colangite esclerosante primária,
distúrbios vasculares como síndrome de Budd-Chiari, distúrbios metabólicos como
hemocromatose, esteatose hepática não-alcoólica e cirrose criptogênica. A análise
do perfil epidemiológico permite que profissionais de saúde identifiquem tendências
específicas, como as principais causas da cirrose em determinada região ou grupo
populacional. Isso facilita o desenvolvimento de tratamentos e intervenções
direcionados. Identificar fatores de risco, como consumo excessivo de álcool,
exposição a toxinas e doenças pré-existentes, é crucial para a prevenção e o
estabelecimento de estratégias de intervenção.
Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico de
pacientes diagnosticados com cirrose hepática que receberam tratamento no
Consórcio Intermunicipal de Saúde (CISGAP).
Métodos: Foi conduzido um estudo observacional, transversal e analítico em
pacientes atendidos no Consórcio Intermunicipal de Saúde (CISGAP), utilizando
dados de prontuários eletrônicos do programa FastMedic da Secretaria Municipal de
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Saúde de Guarapuava, Paraná. A coleta de dados abrangeu registros de junho de
2018 a junho de 2022. Critérios de inclusão consideraram pacientes com
diagnósticos específicos de cirrose hepática de acordo com CID 10, e os critérios de
exclusão englobaram registros sem CID 10 específico ou fora do período
estabelecido, e prontuários com informações insuficientes.
Resultados: No estudo, a prevalência de cirrose foi mais alta em homens (69%),
principalmente na faixa etária de 60 a 69 anos. As principais causas de cirrose
incluíram doença hepática alcoólica (44,2%), esteatohepatite não alcoólica (16,8%)
e cirrose devido à hepatite C (10,6%). Achados revelaram uma associação
significativa entre o sexo masculino e encefalopatia (p=0,005), assim como maior
consumo de álcool (p=0,004). Entre os 78 pacientes classificados como Child-Pugh
A, nenhum apresentou sinais de encefalopatia hepática. Dos 27 pacientes
classificados como Child-Pugh B, oito manifestaram encefalopatia, enquanto dois
dos oito pacientes classificados como Child-Pugh C (ou seja, 25%) exibiram sinais
de encefalopatia. A análise estatística revelou uma associação altamente
significativa entre a presença de encefalopatia hepática e o escore Child-Pugh, com
um valor de p (probabilidade) inferior a 0,001. Pacientes sem varizes de esôfago
apresentaram uma contagem média de plaquetas mais elevada (p=0,011).
Conclusão: A cirrose hepática é uma condição complexa com implicações que vão
além da disfunção hepática. Principais causas incluem doença hepática alcoólica,
hepatite C e esteato-hepatite não alcoólica, afetando principalmente homens entre
50 e 69 anos. A classificação de Child-Pugh revelou a maioria dos pacientes em
estágios iniciais, permitindo intervenções oportunas. A contagem de plaquetas
mostrou potencial na avaliação da fibrose e prevenção de complicações. Estratégias
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preventivas e educação sobre riscos, especialmente em relação ao álcool, são
essenciais para melhorar a qualidade de vida e o prognóstico. Uma abordagem
multidisciplinar e precoce é fundamental para o manejo eficaz da cirrose hepática,
enfatizando a importância de intervenções terapêuticas precoces e educação
contínua sobre fatores de risco.

ACHADOS CITOPATOLÓGICOS EM EXAMES DE COLO UTERINO DA REGIÃO CENTRO SUL DO PARANÁ

LARYSSA CRISTINA DE LIMA RIBAS TAQUES — 2024-05-21

INTRODUÇÃO: No Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro mais incidente na
população feminina. Na região Centro Sul do Paraná verifica-se uma ocorrência contínua de
novos casos de câncer do colo uterino nos municípios da região. O controle do câncer do colo
do útero é uma prioridade da agenda de saúde do país e integra o Plano de AçõesEstratégicas
para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-
2022. OBJETIVO: Fazer a análise epidemiológica das mulheres com lesões préneoplásicas
e neoplásicas do colo do útero na região centro sul do Paraná, identificar possívelgrupo
prioritário possibilitando a prevenção precoce do mesmo, considerando algumas
características individuais das pacientes. MÉTODOS: Estudo observacional analítico
transversal baseado na revisão de laudos de citologia cérvico vaginal com alteração citológica
atendidas no período de 2021 a 2022 no Laboratório CAPG – Centro de Apoio em Patologia
de Guarapuava. Os diagnósticos foram realizados por análise citopatológica, com exclusão
dos exames sem alteração citológica. Os dados levantados foram a data do exame,idade da
paciente, procedência, convênio utilizado, diagnóstico clínico, diagnóstico citológico,alteração
macroscópica e infecção associada. Referidos dados foram tabulados em planilha do Excel e
analisados em programa estatístico SPSS com a descrição analítica dos resultados
encontrados, de acordo com a Lei de Proteção de Dados. RESULTADOS: Os serviços públicos foram os principais coletores do exame, com 86,5% dos registros. Exames realizados
para fins de rastreamento foram registrados em 784 casos (82,0%) e para seguimento
encontrou-se 123 registros (12,8%). Para os demais casos os motivos foram adenocarcinoma,
NIC II ou NIC III em 4 casos (0,4%) e em 45 registros essa informação estava ausente (4,7%).
O diagnóstico clínico estava ausente em 94,9% dos casos. O diagnóstico citológico
apresentou maior frequência de ASC-US (35,7%), seguidos de ASC-H (23,1%), LSIL (19,1%)
e HSIL (16,5%). Em relação à procedência das mulheres, Prudentópolis (195; 20,4%),
Guarapuava (183; 19,1%), Pitanga (161; 16,8%) e Pinhão (147; 15,4%). A maioria das
pacientes não apresentava alterações macroscópicas (75,3%). Observou-se ausência de
infecções associadas em 86,0% dos registros. Entre as infecções com maior frequência estão
a gardnerella vaginalis (9,2%) seguidas da candida sp (2,1%) e trichomonas vaginalis (1,8%).
Houve diferença estatisticamente significativa (p<0,000) ao se analisar as frequências de
lesões entre serviços públicos e privados. A relação entre os exames indeterminados com os
achados infecciosos não apresentou significância estatística, nesta amostra. Por fim, entre as
355 pacientes que se encontravam com os exames alterados (LSIL, HSIL, HSIL com
microinvasão, adenocarcinoma, adenocarcinoma "in situ" e CEC) no período estudado, a
correspondência entre o diagnóstico clínico e o diagnóstico citológico foi verificado em 38
registros (10,7%), com distribuição estatisticamente significativa (p<0,000). CONCLUSÃO: O
perfil epidemiológico das pacientes com exames citológicos de colo uterino com alteração
celular na região Centro Sul do Paraná encontrado nos anos de 2021 a 2022, em exames
realizados em laboratório de referência, é de mulheres na média de idade entre 32,9 e 35,5
anos, no período reprodutivo, com diagnóstico citológico mais frequente de ASC-US, seguidos
de ASC-H, LSIL e HSIL, em sua maioria, tendo como principal coletor do exame, os serviços
públicos de saúde, com fins de rastreamento. A maioria das pacientes não apresenta
alterações macroscópicas na colposcopia, tendo pouca ocorrência de infecções associadas,
entretanto, na ocorrência a mais evidenciada é a gardnerella vaginalis, correspondendo ao
perfil encontrado na literatura.

ALIMENTAÇÃO INFANTIL:

WILHAN WIZNIESKI MUNARI — 2024-05-21

Objetivo: A presente pesquisa tem como objetivo identificar a transmissão das práticas
habituais no consumo alimentar dos pais para seus filhos.
Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo analítico, a coleta de dados utilizou um
questionário composto por oito seções contendo 19 perguntas no formato online, destinado aos
pais ou responsáveis por crianças maiores de três anos e menores de 10 anos residentes nos
municípios de Guarapuava e Prudentópolis, interior do Paraná; para avaliação do estado
nutricional das crianças, foi utilizado o índice de massa corporal para idade (IMC/I) e para os
responsáveis usado o ponto de corte preconizado pela OMS.
Resultados: A amostra foi composta por 73 participantes, sendo 89% do sexo feminino e 11%
do sexo masculino. Sobre o estado nutricional dos responsáveis, observa-se que 42,4%
apresentam pré - obesidade e obesidade, o semelhante é observado no estado nutricional dos
filhos, em que parte exibe sobrepeso e obesidade (49,2%), as variáveis renda e o estado
nutricional da criança também apresentaram significância estatística (p<0,001).
Conclusão: Um ambiente obesogênico transmite características favoráveis ao
desenvolvimento da obesidade infantil, gerando danos emocionais e psicológicos aos seus
descendentes, podendo comprometer consideravelmente o seu convívio social.

PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL EM UM CENTRO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DE GUARAPUAVA – PR.

SAMUEL SÁ CAPUCHO — 2024-05-21

Introdução: As doenças inflamatórias intestinais são condições crônicas que causam
inflamação no trato gastrointestinal. Elas incluem a Retocolite Ulcerativa (RCUI) e a
Doença de Crohn (DC); a causa exata de ambas DII não são claras, mas envolvem
fatores genéticos, ambientais e imunológicos. Diagnosticar as DII é desafiador, pois
não há um único teste para isso; o diagnóstico requer uma combinação principalmente
entre a clínica e exames complementares. Este estudo visa comparar o perfil clínico
de pacientes com DII em Guarapuava com as informações encontradas na literatura.
Além disso, a falta de dados sobre a prevalência na região acaba por dificultar o
diagnóstico e tratamento.
Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico de pacientes
diagnosticados com DII que receberam acompanhamento e tratamento no Consórcio
Intermunicipal de Saúde (CISGAP).
Métodos: Foi conduzido um estudo observacional transversal e analítico em
pacientes atendidos no Consórcio Intermunicipal de Saúde (CISGAP), utilizando
dados de prontuários eletrônicos do programa FastMedic da Secretaria Municipal de
Saúde de Guarapuava, Paraná. Coleta abrangendo registros de fevereiro de 2019 a
novembro de 2022. Critérios de inclusão consideraram pacientes maiores de 18 anos
que apresentavam qualquer forma clínica de DII desde que diagnosticada com CID
10, sendo estes contemplados em K50 e K51; os critérios de exclusão englobam
pacientes com registros sem CID 10 específico e prontuários com informações
insuficientes.
Resultados: No estudo, a partir da análise dos dados foi obtido uma maior
prevalência do sexo feminino em ambas DII, na DC com 57,1% no sexo feminino e
42,9% no masculino e na RCUI uma prevalência de 64,2% do sexo feminino e 35,8%
no masculino. Em ambas DII a presença do histórico familiar negativo se sobressai
em detrimento ao positivo. Em Crohn foi constatado que 33 pacientes (78,6%) não
possuiam histórico familiar enquanto apenas 9 pacientes (21,4%) possuem histórico
positivo. Já na RCUI essa diferença foi significativa também, cerca de 56 pacientes
(83,6%) com histórico negativo, enquanto apenas 11 pacientes (16,4%) possuem
histórico positivo.
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Outro ponto analisado foi o tabagismo, em que foi demonstrado que em ambas DII a
grande maioria dos pacientes não faziam uso do cigarro, 80,6%. Além disso foram
analisados os principais locais de instauração das DII, sendo em Crohn no íleo
terminal com cerca de 63,3% dos pacientes, seguido por cólon com 42,4% e reto com
21,2%. Já na RCUI o local mais acometido foi o cólon esquerdo (colite esquerda) com
54,3%, seguido pelo reto e sigmóide com 29,8% e pancolite com 15,7%. Foi possível
verificar os principais sintomas relatados pelos pacientes: em Crohn foram diarreia
com 97,6% de prevalência, seguido pela dor abdominal com 90,5%; outros sintomas
relatados foram sangramento nas fezes com 81% de prevalência, constipação com
76,2% e dispepsia com 4,8%. Na RCUI a prevalência de sintomas foram diferentes,
diarreia teve prevalência de 71,6%, sangramento nas fezes com 43,2%, dor abdominal
com 23,8%; outros sintomas relatados foram muco na fezes com prevalência de 7,4%,
perda de peso com 5,9%, constipação e tenesmo com 1,4% de prevalência na
amostra.
Conclusão: O estudo demonstrou através dos resultados do perfil epidemiológico de
pacientes com DII uma correlação com outros estudos já realizados, divergindo
apenas em relação ao tabagismo e o histórico familiar. Das DII, a retocolite é a forma
mais comum, afetando principalmente mulheres dos 50 aos 59 anos e tendo o
tabagismo como um fator não protetor, como dito em literaturas. Já em Crohn leve
predileção por mulheres também apesar de após os 60 anos existir uma maior
prevalência entre homens; tabagismo também não apresentando relação com o
aparecimento da doença. Em ambas os sintomas são similares, sendo diarreia,
constipação e hematoquezia os principais. Esta pesquisa destaca a necessidade de
mais estudos na área para que seja possível entender melhor sua distribuição, perfil
clínico e epidemiológico, assim como seu impacto na sociedade e qualidade de vida
dos pacientes.

UTILIZAÇÃO DE QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE E DISSECÇÃO APENAS DE LINFONODO SENTINELA POSITIVO NO TRATAMENTO DE CÂNCER DE MAMA ESTÁDIO T1 A T3

MARCELEN ROSENSCHEG — 2024-05-22

RESUMO: Introdução: o câncer de mama é o mais incidente dos cânceres no sexo
feminino. Seu tratamento é baseado na mastectomia, podendo ser radical ou
quadrantectomia. A cirurgia também conta com dissecção de linfonodos axilares (ALND) ou
dissecção de linfonodos sentinela (SLND), além do uso anterior (neoadjuvante) ou posterior
(adjuvante) de quimioterapias e radioterapias. Este artigo objetiva, nesse sentido, avaliar o
descalonamento de cirurgia com sentinela positivo em pacientes submetidas a quimioterapia
neoadjuvante (NAC) e radioterapia comparado ao tratamento padrão de ALND em sentinela
positivo ou expectante em pacientes com linfonodo negativo associada à quimioterapia
neoadjuvante (NAC). Métodos: O estudo é retrospectivo a partir de análise de prontuários do
hospital São Vicente de Paulo (HSVP) em Guarapuava-PR no período de 2011 a 2020. As
pacientes foram selecionadas por câncer de mama em estágio inicial, com máximo de
estadiamento IIIA, com quadrantectomia, NAC e avaliação de linfonodo sentinela a partir de
aplicação de azul patente sendo critério de inclusão de ambos os grupos do estudo.
Resultados: Os resultados mostraram recidiva em duas pacientes no grupo controle (7%) e
em uma paciente no grupo estudo (17%) que evoluiu para óbito. Conclusão: A conclusão é
que são necessários estudos com maior tamanho amostral para definir quais subgrupos de
pacientes se encaixam em condutas mais conservadoras como essa