O IMPACTO DA PRIVAÇÃO DO SONO NO DESEMPENHO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS EM JOVENS ADULTOS

Resumo

Introdução: A privação do sono tem se mostrado uma problemática de crescente relevância, especialmente entre jovens adultos, um grupo particularmente vulnerável devido às exigências intensas das atividades acadêmicas e profissionais. O sono, fundamental para a manutenção da saúde física e mental, é frequentemente negligenciado nesse contexto, resultando em um impacto profundo nas funções executivas. Essas funções, que incluem a atenção seletiva, a memória operacional, o controle inibitório e a regulação emocional, são cruciais para o desempenho eficiente nas atividades diárias e na tomada de decisões complexas. Além disso, a privação do sono pode exacerbar problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, criando um ciclo prejudicial de deterioração cognitiva e emocional. Este estudo se propõe a investigar de maneira detalhada como a falta de sono compromete as funções executivas. Objetivo: Compreender o impacto da privação do sono nas funções executivas de jovens adultos, além disso, busca identificar os fatores ambientais e psicológicos que contribuem para a negligência do sono neste grupo, e avaliar os prejuízos neurocognitivos e emocionais que decorrem dessa privação. Método: Foi realizada uma revisão sistemática utilizando o método PRISMA, a busca foi conduzida por meio da base Google Acadêmico com estudos empíricos publicados entre 2019 e 2024. Foram incluídos artigos que investigam a privação do sono e as funções executivas em jovens adultos, seguindo critérios rigorosos de seleção e avaliação da qualidade das evidências por meio do sistema GRADE. Resultados: A análise dos estudos indicou uma associação consistente entre a privação de sono e déficits em diversas funções executivas, incluindo memória operacional, atenção seletiva e controle inibitório. Tais alterações tendem a se manifestar de forma mais acentuada em situações de alta demanda cognitiva, como em contextos acadêmicos e profissionais. Conclusão: A privação do sono representa um risco considerável para a saúde cognitiva e emocional dos jovens adultos. Intervenções focadas na promoção da higiene do sono e na conscientização sobre seus efeitos negativos são essenciais para mitigar esses impactos e melhorar o desempenho nas funções executivas.