A CULTURA DO SILÊNCIO NAS SUBNOTIFICAÇÃO DO ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL
Palavras-chave:
Abuso Sexual, Violência, SubnotificaçãoResumo
Este trabalho aborda o tema do abuso e exploração sexual contra crianças, destacando suas características e implicações psicológicas e sociais, a partir de uma revisão bibliográfica. A coleta de dados foi realizada com base em estudos epidemiológicos que analisam os casos de violência sexual ocorridos no Brasil, com foco em crianças na faixa etária de 5 a 9 anos. De acordo com a literatura, a maioria dos casos ocorre em ambientes intrafamiliares, e a subnotificação pode estar associada a fatores sociais e culturais, como o estigma e a falta de confiança nas instituições de segurança. Os autores revisados destacam que o abuso sexual é uma forma de abuso de poder, no qual o agressor, frequentemente uma figura próxima à vítima, utiliza-se de sedução, ameaças e violência para obter alguma vantagem sexual. Além disso, vários estudos sugerem que os agressores, em muitos casos, também foram vítimas de violência sexual na infância, o que contribui para a perpetuação de um ciclo de violênciA. As consequências psicológicas para as vítimas podem variar de distúrbios emocionais e comportamentais a neuroses e fobias. Por fim, a análise filosófica baseada em Nietzsche oferece uma crítica à moralidade tradicional ao explorar questões de poder e dominação presentes na dinâmica do abuso. Esta análise teórica ajuda a compreender uma possível causa para a subnotificação desses casos.